Portal Futebol

Tudo sobre o futebol Brasileiro e Internacional

Vibração em dose dupla: Alemanha vence, e Gana garante a África

Vitória por 1 a 0 coloca alemães na liderança e decreta confronto de gigantes nas oitavas. Ganeses, apesar da derrota, se classificam

Bom para a Copa do Mundo, que tem um de seus protagonistas classificado. Bom para o futebol, que já tem o primeiro duelo de gigantes agendado. Bom para a África, que respira aliviada por não ficar fora precocemente do primeiro Mundial no continente. O 1 a 0 da Alemanha sobre Gana, nesta quarta-feira, no Soccer City, em Joanesburgo, esteve longe de ser empolgante, mas foi suficiente para garantir as duas seleções nas oitavas de final –  os ganeses acabaram beneficiados pelo magro 2 a 1 da Austrália sobre a Sérvia.

De quebra, a combinação de resultados, além de garantir a presença de um time “da casa” entre os 16 classificados para a segunda fase, reservou um empolgante confronto entre alemães e ingleses, rivais históricos desde a Primeira Guerra Mundial. O jogo será no próximo domingo, às 11h (de Brasília), em Bloemfontein. Gana encara os Estados Unidos, sábado, às 15h30m, em Rustemburgo.

Com seis pontos, a Alemanha terminou a fase inicial na liderança do Grupo D. Já Gana, com quatro, se manteve em segundo graças ao saldo de gols: zero contra menos três da Austrália, que venceu a Sérvia por 2 a 1, em Nelspruit.

Em campo, quatro representantes brasileiros. Todos discretos. Para Cacau, um problema, já que não mostrou serviço ao substituir o artilheiro Klose. Para o trio de arbitragem, formado por Carlos Eugênio Simon, Altermir Hausmann e Roberto Braatz, um elogio. Em sua segunda partida no Mundial, teve atuação impecável, como no duelo entre Inglaterra e Estados Unidos, na primeira rodada.

A situação do grupo não permitia um jogo de compadres. Entretanto, com o empate sendo uma das opções para garantir a classificação, caso a Sérvia não vencesse a Austrália, alemães e ganeses começaram a partida timidamente e com movimentos nitidamente calculados.

Fechada na defesa, Gana apresentava uma forte marcação a partir do meio-campo, e ações ofensivas dentro de sua área eram praticamente impossíveis. Sendo assim, a solução era arriscar de fora da área, como fizeram Cacau e Podolski nos minutos iniciais, sem muito perigo. A primeira boa chance, porém, surgiu de uma trapalhada do adversário.

Aos nove, Podolski fez o cruzamento pela esquerda, Jonathan cortou mal para trás e Kingson impediu o gol contra. Com velocidade, Gana apostava nos contra-ataques e chegou ao campo adversário pela primeira vez aos 13, quando Mertesacker impediu conclusão de Gyan dentro da área.

Os alemães apresentavam muito volume de jogo, mas faltava criatividade. Tocando de um lado para o outro, jogadas mais agudas eram raras e dependiam de arrancadas de Lahm, pela esquerda. Cacau, substituto de Klose, corria de um lado para o outro e não exercia bem a função de referência ofensiva.

Diante da inoperância dos europeus, Gana se soltou e contou com a alegria nos pés de Ayew, filho do ídolo Abedi Pelé, para levar perigo. Aos 23, ele recebeu lançamento, superou dois zagueiros, mas se enrolou todo no momento da conclusão.

Dois minutos depois, o próprio atacante cobrou escanteio e colocou a bola na cabeça de Gyan, que saltou muito e testou com estilo. No segundo pau, Lahm evitou o gol com o peito. A esta altura, os africanos já povoavam o campo ofensivo com mais frequência e davam espaços na defesa.

Tanto que, aos 26, Özil recebeu lançamento de Muller nas costas da zaga, Roberto Braatz acertou ao não assinalar impedimento e o jovem alemão desperdiçou excelente oportunidade. Frente a frente com Kingson, foi displicente e facilitou a ação do goleiro.

Se antes da partida um aperto de mãos decretou a paz entre os irmãos Jérôme, da Alemanha, e o ganês Prince Boateng, a relação com a Jabulani não era das melhores e ambos pouco apareciam no jogo.

O susto com o gol perdido por Özil fez com que Gana voltasse a ser mais precavido. Tanto que se fechou e tornou ainda mais raro um bom ataque alemão. Perigo mesmo só aos 40, quando Schweinsteiger cobrou falta na área, ninguém desviou e o goleiro tirou no susto. Foi o último lance de um primeiro tempo em que o empate ainda bastava para ambos, já que o placar permanecia em branco também entre Sérvia e Austrália.

Na volta do intervalo, o panorama da partida mudou pouco: a Alemanha continuava com maior posse de bola e nenhuma criatividade. A diferença, porém, era que Gana se mostrava mais incisiva nos contragolpes. Ao ponto de consagrar o goleiro Neuer com duas boas defesas nos oito minutos iniciais, em chutes de Asamoah e Gyan.

Burocráticos, os alemães trocavam passes de um lado para o outro e em nada lembravam o time envolvente que encantou na estreia contra a Austrália. O único que mantinha o nível daquela partida era o jovem Özil. Todas as jogadas passavam por seus pés, e o lance do gol não poderia ser diferente.

Aos 14 minutos, Müller recebeu pela direita, cortou para o meio e tocou para o meia do Werder Bremen. Sem marcação, ele teve tempo para dominar e acertar um belo chute de canhota no ângulo de Kingson: 1 a 0 no placar e alívio alemão. Foi o suficiente para mudar completamente a partida, com Gana pressionando e a Alemanha buscando os contra-ataques.

Dois minutos após sair atrás no placar, por muito pouco os africanos não empataram: Ayew, sempre ele, apareceu pela esquerda e cruzou na medida para Tagoe cabecear firme. Boateng, enfim, apareceu e evitou o gol. Aos 20, foi a vez de o filho de Abedi Pelé tentar definir. Ao receber passe de calcanhar de Gyan, o atacante chutou forte, mas Lahm se jogou na frente da bola e evitou o gol.

Chutes de fora da área passaram a ser as únicas armas apresentadas por Gana, que parecia mais preocupada com as informações que vinham da outra partida. No banco de reservas, alguns jogadores conversavam e faziam contas. Não ajudavam. A tensão era cada vez maior.

Principalmente depois que os sérvios diminuíram para 2 a 1. Bastava um gol da equipe europeia para o sonho ter fim. Ele não aconteceu. E, ao apito final de Simon, os alemães desceram para o vestiário como quem não fez além de sua obrigação, enquanto os adversários, mesmo derrotados, deram volta olímpica com a bandeira de seu país nas mãos. Um sinal de alívio. Afinal, toda a África está salva de um vexame inimaginável.

GANA 0 X 1 ALEMANHA
Kingson, Panstsil, Jonathan, Mensah e Sarpei; Annan, Asamoah, Prince Boateng, Ayew (Adiyiah) e Tagoe (Muntari); Gyan (Amoah). Neuer, Boateng (Jansen), Friedrich, Metersacker e Lahm; Khedira, Schweinsteiger (Kroos), Müller (Trochowski), Özil e Podolski; Cacau.
Técnico: Milovan Rajevac Técnico: Joachim Löw
Gol: Özil, aos 14 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ayew (Gana) Müller (Alemanha).
Estádio: Soccer City (em Joanesburgo). Data: 23/6/2010. Horário:15h30m. Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Brasil). Assistentes: Altemir Hausmann (Brasil) e Roberto Braatz (Brasil)

junho 23, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | , | Deixe um comentário

Após fortes emoções, Sérvia e Austrália deixam a Copa do Mundo

Socceroos vencem por 2 a 1, mas resultado não é suficiente para garantir a classificação às oitavas. Sérvios precisavam do empate no fim

A Austrália venceu a Sérvia por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Mbombela Stadium, em Nelspruit, pela terceira e última rodada do Grupo D da Copa do Mundo. Com a derrota de Gana para a Alemanha por 1 a 0, no outro jogo do grupo, ambos os times ficaram próximos de conquistar vaga. Mas, com uma sequência incrível de gols perdidos, australianos e sérvios deixaram o Mundial de mãos dadas.

O peso de nunca ter vencido uma seleção europeia em Copa do Mundo parece ter influenciado o desempenho da Austrália no início do confronto. E a Sérvia se aproveitou dessa desestabilização do adversário para buscar o seu primeiro gol. Logo aos cinco minutos, Krasic teve uma ótima oportunidade de abrir o placar ao chutar cruzado, para a boa defesa de Schwarzer.

Acuados, os australianos viraram presa fácil. Aos 17, o mesmo Krasic perdeu uma chance incrível. O atacante recebeu um lançamento preciso de Ninkovic, invadiu a área, cortou o goleiro Schwarzer, mas bateu para fora, desperdiçando uma chance incrível. E , cinco minutos depois, foi a vez do goleiro australiano brlhar novamente ao pegar um chute à queima roupa de Ivanovic.

Os gols perdidos abateram os sérvios e, com isso, o time recuou e cedeu espaço para a Austrália. E, com o equilíbrio, o jogo ficou menos emocionante. Os australianos, apenas com um atacante (Kennedy) recorreu aos chutes de longa distância, mas sem muito efeito prático. E a Sérvia parou no bloqueio defensivo do adversário. A partida chegou até a ficar violenta, com excesso de faltas duras. E todos esse fatores contribuíram para que os primeiros 45 minutos terminassem sem gol.

Jogo fica aberto na etapa final

No reinício, as equipes se conscientizaram que o empate eram ruim para ambos, devido ao momentâneo empate entre Gana e Alemanha. E assim, o confronto ficou mais aberto. Mas nem por isso, o jogo ficou bonito. Com a ligação direta da defesa com o ataque, o número de passes errados aumentou. E como fez na etapa inicial, a Sérvia continuou perdendo gols. Aos oito minutos, Zidic recebeu um passe na área, matou a bola no peito com estilo, mas chutou por sobre o gol de Schwarzer.

A partir dos 20 minutos, a Sérvia passou a pressionar cada vez mais o adversário. O time europeu se postou mais à frente e, após uma cabeçada de Zidic, quase conseguiu o seu gol. Mas a ironia entrou em campo e a Austrália abriu o placar. Aos 24 minutos, Wilkishire cruzou a bola na área e Cahill cabeceou sem chance de defesa para Sojkovic.

E o gol desestruturou completamente a Sérvia. Holman, que havia entrado no lugar de Valeri, precisou de apenas sete minutos em campo para marcar o segundo gol dos Socceroos. Aos 28, o jogador arrancou da intermediária e acertou um chute cruzado, de longe, que entrou no canto direito do goleiro sérvio.

Porém, mesmo com a vitória sobre os sérvios, a Austrália ainda não garantia a vaga, pois perdia no saldo de gols para Gana. Por isso, os Socceroos se mandaram de vez ao ataque. Mas, aos 39 minutos, veio o banho de água fria. O goleiro Schwarzer não segurou um chute de Tosic e Pantelic marcou o gol dos sérvios. E o panorama mudou. Bastava agora, um gol para que a Sérvia garantisse a vaga. E ele até aconteceu, com o mesmo Pantelic, mas o árbitro assinalou impedimento.

Pantelic ainda teve uma chance de ouro ao receber um cruzamento na área e perder um gol feito, livre de marcação, nos acréscimos. Sem tempo para mais emoções, Austrália e Sérvia deixaram a Copa do Mundo de mãos dadas.

AUSTRÁLIA 2 X 1 SÉRVIA
Schwarzer, Wilkshire (Garcia), Neill, Beauchamp e Carney; Culina, Valeri (Holman), Emerton, Cahill e Bresciano (Chipperfield); Kennedy Stojkovic, Ivanovic, Lukovic, Vidic e Obradovic; Kuzmanovic (Lazovic), Ninkovic, Stankovic, Krasic (Tosic) e Jovanovic; Zigic (Pantelic).
Técnico: Pim Verbek Técnico: Radomir Antic
Gol: Cahill, 24 minutos do segundo tempo; Holman, 28 minutos do segundo tempo; Pantelic, 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Beauchamp, Wilkshire, Emerton (AUS); Lukovic, Ninkovic (SER)  vermelho:
Estádio: Mbombela Stadium (Nelspruit). Data: 23/06/2010. Hora: 15h30 (de Brasília). Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai). Assistentes: Pablo Fandino (Uruguai) e Mauricio Espinosa ( Uruguai)

junho 23, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | , | Deixe um comentário

Gana e Alemanha lutam para confirmar a classificação

Clique na Imagem e Veja AO VIVO!

Para os ganenses, basta o empate. Aos alemães, resta a vitória

Alemanha e Gana se enfrentam nesta quarta-feira, às 15h30, no Soccer City, em Johannesburgo, e decidem o futuro na Copa do Mundo da África do Sul. Com quatro pontos, os ganenses lideram e dependem apenas do empate para se classificar. Os alemães, que não contarão com o artilheiro Klose, precisam vencer para garantir a passagem para a próxima fase. O outro confronto da chave acontece no mesmo horário, entre Austrália e Sérvia, que também têm chances de classificação.

Pelo lado de Gana, as esperanças recaem principalmente sobre Gyan. Ao time comandado pelo técnico, Milovan Rajevac, sobra preparo físico, mas o fato de ter marcado, de pênalti, os dois únicos gols até agora, colocam em dúvida as qualidades ofensivas da equipe.

O capitão da equipe, Mensah, que volta após ser poupado da partida contra a Austrália, pela segunda rodada, quer a vitória e sabe que os ganenses são capazes.

– Sabemos das qualidades da Alemanha, mas nós também temos uma boa equipe. Vamos manter a coisas ajustadas, manter a união e, com isso, tenho certeza que venceremos – lembrou.

O técnico, Milovan Rajevac, comemorou a volta do atleta.

– Nós preferimos poupá-lo, pois sabemos que o jogo contra a Alemanha é o mais importante para nós – disse Rajevac, ressaltando a confiança na equipe:

– Todos sabemos que a Alemanha tem uma boa equipe, mas também temos qualidade e acreditamos. Tenho certeza de que podemos ganhar o jogo

O lado alemão não contará com o atacante titular, Klose. Expulso na derrota contra a Sérvia, na segunda rodada, o jogador do Bayern de Munique (ALE) tem chances de ser substituído por Cacau, brasileiro naturalizado alemão, que tembém já balançou as redes em uma oportunidade neste Mundial. Quem comprova isso é o técnico alemão, Joachim Loew.

– A tendência é o Cacau começar jogando. Esse jogo vai nos exigir não apenas mentalmente, mas fisicamente. Temos qualidade e potencial para vencer – disse Löw.

O capitão da seleção, Lahm, parece tranquilo com o confronto e lembrou que poucas coisas devem ser modificadas para a partida.

– Não há motivo para mudar nada. Precisamos manter o nosso estilo de jogo. Em 2008, apresentamos um futebol fraco. Na Copa do Mundo, fizemos duas boas partidas. A pressão agora é grande, mas sempre é assim. Estamos muito bem preparados, inclusive os jogadores mais jovens. Não tenho nenhuma dúvida de que vamos vencer a partida. Vamos mandar Gana de volta para casa – afirmou, esbanjando favoritismo.

– Joguei na Alemanha durante toda a minha carreira. Será uma partida importante. A classificação atual do grupo torna o confronto ainda mais significativo. A equipe deles é forte e experiente, mas tem os seus pontos-fracos na defesa. Com certeza vamos ter uma ou outra chance de gol – concluiu.

A outra partida do Grupo D acontece no mesmo horário, entre Austrália e Sérvia, em Nelspruit, no Estádio Mbombela.


FICHA TÉCNICA
GANA X ALEMANHA

Estádio: Soccer City, em Johannesburgo (AFS)
Data/hora: 23/06/2010, às 15h30 (de Brasília)
Juiz: Carlos Eugênio Simon (BRA)
Auxiliares: Altemir Hausmann e Roberto Braatz

GANA: Kingson; Pantsil, Vorsah e Mensah; Tagoe, Annan, Prince, Boateng e Ayew; Asamoah e Gyan
Técnico: Milovan Rajevac.

ALEMANHA: Neuer; Lahm, Friedrich, Mertesacker e Badstuber; Schweinsteiger, Khedira, Özil e Müller; Podolski e Cacau.
Técnico: Joachim Löw.

junho 23, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Radio ao vivo, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | , | Deixe um comentário

Inglaterra vai às oitavas, e Eslovênia perde a vaga no apito final do juiz

Gol dos EUA no fim do jogo contra a Argélia classifica os americanos, deixa os britânicos em segundo lugar no grupo e manda os eslovenos para casa

No gramado do Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth, o árbitro alemão Wolfgang Stark apita o fim do jogo. A vitória da Inglaterra sobre a Eslovênia por 1 a 0, gol de Defoe, caía como uma luva para as duas seleções, que avançavam abraçadas para as oitavas de final. No exato momento em que o juiz apontava o centro do campo, o pé direito de um americano, a 940km dali, fez um estrago na festa. Em Pretória, Donovan marcou para os Estados Unidos aos 45 minutos do segundo tempo contra a Argélia. No apagar das luzes, ele colocou seu time na próxima fase como líder do grupo, derrubou os ingleses para o segundo lugar e mandou os eslovenos para casa.

A notícia do gol em Pretória demorou a chegar a Porto Elizabeth. Quando chegou, pegou todo mundo festejando, de joelhos no gramado, com abraços e sorrisos por todos os lados. Foi aí que os britânicos ficaram sabendo que vão enfrentar nas oitavas não o segundo, mas o primeiro colocado do grupo D, que sai da disputa entre Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana. A Eslovênia, que tinha o passaporte na mão até o último instante, deu fim à comemoração de forma abrupta e agora volta para casa na companhia dos argelinos.

Apesar de ter descido um degrau na reta final, a Inglaterra festeja não apenas a vaga assegurada, mas também sua primeira boa atuação na África do Sul. O English Team superou o início nervoso e mostrou boa atuação do trio de craques formado por Rooney (que enfim desencantou), Gerrard e Lampard. A equipe de Fabio Capello superou a pressão eslovena nos últimos minutos e, como manda o seu figurino, mostrou garra do início ao fim.

Supersticiosa, Inglaterra começa nervosa

Ao contrário do usual, a Inglaterra abandonou o calção branco do segundo uniforme e entrou toda de vermelho – segundo a imprensa inglesa, por causa de uma superstição. Nas duas únicas vezes que jogou assim em Copas, o time não perdeu: 0 a 0 com a Bulgária em 1962 (resultado que classificou o time às oitavas de final) e 3 a 1 sobre a Bélgica em 1970.

Com Defoe e Rooney na frente e sem Joe Cole – pedido de John Terry que acarretou em um fim de semana repleto de boatos – o English Team começou a partida um tanto nervoso. Tendo pela frente uma Eslovênia cheia de confiança e bem postada na defesa, o time de Fabio Capello não conseguia criar jogadas de ataque e ainda errava muitos passes.

O adversário, por sua vez, saía rápido no contra-ataque com Birsa, responsável pela primeira finalização da partida, aos sete minutos. O veterano David James, de 40 anos, segurou firme. Nas arquibancadas, porém, a Inglaterra dominava. Sem parar de cantar um instante sequer de cantar, a torcida da Terra da Rainha tentava incentivar a equipe e conseguia uma proeza para poucos na Copa do Mundo: abafar em alguns momentos as barulhentas vuvuzelas.

Torcida desperta a equipe

Sob os gritos de “England, England, England”, os comandados Capello arremataram pela primeira vez aos 15 em uma falta rasteira de Lampard, bem defendida pelo goleiro Handanovic. O lance acordou a Inglaterra, que criou mais duas oportunidades seguidas com Rooney. Na primeira, ele chutou com perigo. Na outra, desviou de cabeça um escanteio cobrado por Barry.

Soberana, a Inglaterra continuava construindo lances de emoção. Aos 11, o zagueiro Terry subiu mais alto que toda defesa adversária e testou em cima de Handanovic. Dois minutos depois, Rooney, que era ovacionado pela torcida pelo seu espírito de luta (para ele, não existe bola perdida), carimbou a trave eslovena.

Eslovênia ameaça, mas, dedicada, Inglaterra segura

Aos 22, a Eslovênia chegou com perigo pela primeira vez depois de muito tempo. Novakovic carimbou a zaga no primeiro lance. No rebote, Dedic chutou rente à trave de David James. A jogada, porém, mostrou a entrega da Inglaterra. Na tentativa desesperada de evitar o chute adversário, Terry mergulhou de cabeça na direção da bola. Nos últimos minutos, os eslovenos pressionaram, mas a zaga inglesa deu conta do recado e fez a torcida respirar aliviada.

Quando o ábitro alemão Wolfgang Stark apitou o fim do jogo, a Eslovênia não podia imaginar que, no mesmo momento, os EUA marcavam contra a Argélia em Pretória. Ajoelhados no campo, os ingleses festejavam a vaga, mas ainda não sabiam que cairiam para o segundo lugar do grupo. Para os eslovenos, a decepção foi ainda maior: a seleção está fora da Copa.

ESLOVÊNIA 0 X 1 INGLATERRA
Handanovic, Brecko, Cesar, Suler e Jokic; Kirm (Matavz), Koren, Radosavjevic e Birsa; Ljubijankic (Dedic) e Novakovic James, Johnson, Upson, Terry e A. Cole; Barry, Milner, Lampard e Gerrard; Rooney (J. Cole) e Defoe (Heskey)
Técnico: Matjaz Kek Técnico: Fabio Capello
Gol: Defoe, aos 23 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Jokic, aos 40 do primeiro tempo; Johnson, aos 2, Birsa, aos 34 do segundo.
Estádio: Nelson Mandela Bay (em Porto Elizabeth). Data: 23/6/2010.Horário: 11h. Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha). Assistentes: Jan-Hendrik Salver (Alemanha) e Mike Pickel (Alemanha

junho 23, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | , | Deixe um comentário

Estados Unidos vencem Argélia no fim e avançam de forma dramática

Donovan faz o gol aos 45 do segundo tempo, e EUA terminam grupo C em primeiro lugar em dia de ‘Super Bowl’. Inglaterra também passa às oitavas

Em uma chave emboladíssima, na qual todos os países tinham chances de passar para as oitavas de final da Copa do Mundo, os Estados Unidos viveram um dia de Super Bowl e se classificaram com uma vitória dramática na última rodada do Grupo C. Graças a um gol de Donovan aos 45 minutos do segundo tempo, os americanos derrotaram a Argélia por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Pretória, e festejaram do mesmo modo como são acostumados a fazer nos touchdowns do futebol americano. O empate eliminaria ambas as seleções, e a definição da chave veio no apagar das luzes no estádio Loftus Versfeld.

No duelo entre dois inimigos políticos, o que se viu foi um jogo limpo. Contando no estádio com a torcida do ex-presidente Bill Clinton, o time americano foi superior, mas não conseguia transformar o domínio em gols. Até que o principal jogador da equipe achou uma bela jogada, quase nos acréscimos, e selou a classificação dos EUA, que terminaram em primeiro da chave com cinco pontos (e quatro gols marcados). Os argelinos ficaram na lanterna, com um.

Na próxima fase do Mundial, os americanos vão enfrentar o segundo colocado do Grupo D, que tem Alemanha, Gana, Sérvia e Austrália. A Inglaterra derrotou a Eslovênia por 1 a 0 no outro jogo e terminou na segunda colocação, com cinco (e dois gols marcados). Os eslovenos, que estavam se classificando com o empate em Pretória, ficaram com quatro pontos e deram adeus ao torneio.

Argélia assusta logo no começo do jogo

A seleção americana começou a partida dependendo apenas de si para garantir vaga nas oitavas. Mas quem tomou a iniciativa do jogo foi a Argélia. Com menos de um minuto, Matmour arriscou a primeira conclusão, de fora da área, por cima do gol de Howard. Aos cinco, os argelinos quase abriram o placar. Após uma furada de Demerit, Djebbour acertou um bonito chute, mas a bola acertou o travessão.

O primeiro bom lance dos americanos foi aos oito minutos. Em cobrança de falta, Dempsey bateu com força e a bola passou por cima da meta de M’bolhi. Depois de dois chutes sem perigo dos argelinos, os EUA novamente ameaçaram aos 16. Gómez recebeu passe de Cherundolo na área e pegou de voleio, mandando por cima do gol adversário.

Melhor em campo, depois de um início confuso, os EUA tiveram um gol anulado aos 20. Depois de uma jogada em que Bradley disputou na raça com três adversários, a bola sobrou para Gomez. O atacante bateu forte, M’bolhi espalmou e Dempsey completou para as redes. A posição era muito difícil, mas a jogada foi invalidada.

A esta altura, a Inglaterra fazia 1 a 0 sobre a Eslovênia, e o empate eliminava tanto argelinos quanto americanos. O time africano atacava de forma tímida e seguia tentando chutes de longe. Matmour bateu de fora da área aos 28, mas Bocanegra colocou a cabeça no meio do caminho e desviou para longe. Quando a equipe arriscava passes em profundidade, era facilmente bloqueada pela defesa dos EUA.

Mesmo criando mais chances, os americanos não conseguiam abrir o placar. Donovan rolou ótima bola na área aos 35, mas Dempsey chutou fraco e facilitou a defesa de M’bolhi. Aos 36, a seleção perdeu outro gol incrível. Donovan recebeu de Bradley e tirou a marcação, mas foi atrapalhado pelo companheiro Altidore e acabou colocando por cima.

Embora tivesse maior posse de bola, a Argélia não mostrava objetividade quando atacava. Matmour bateu de longe, aos 38, e Howard fez boa defesa. Ziani também tentou de fora da área, aos 42, só que a bola foi para fora no último bom lance do primeiro tempo.

Donovan sela classificação americana no fim

Na etapa final, um ‘brasileiro’ reforçou a equipe americana. Benny Feilhaber, que nasceu no Rio de Janeiro e se mudou ainda na infância para os Estados Unidos, entrou na vaga de Gómez. A partida recomeçou amarrada, com muitas bolas aéreas e e os times mostrando nervosismo.

Aos 11, porém, os Estados Unidos voltaram a desperdiçar uma chance claríssima de gol. Altidore faz boa jogada, desceu pela esquerda e rolou para Dempsey, que chutou na trave. Ele ainda pegou o rebote, isolando por cima. A resposta da Argélia veio aos 13, quando Yebda tentou uma bicicleta sem direção.

A partir dos 20 minutos, duas equipes passaram a arriscar mais, e o jogo ficou eletrizante. Aos 22, M’bolhi defendeu bonita cabeçada de Altidore. No ataque seguinte, o argelino Ziani recebeu sozinho na entrada da área e chutou cruzado. Foi por pouco.

A pressão americana continuou forte, principalmente nas bolas paradas. Donovan levantou para a área aos 28 e Bradley tocou de cabeça por cima. Aos 33, Bradley cobrou falta com muita força e M’bolhi espalmou. E, nas cobranças de escanteio, os africanos afastavam de qualquer jeito.

A torcida americana já rezava nas arquibancadas do Loftus Versfeld quando Dempsey cobrou falta por cima, aos 38. Daí até o fim, as equipes deixaram a tática de lado e jogaram basicamente com raça. Até que Donovan aproveitou rebote da zaga após cruzamento de Altidore e concluiu com precisão para fazer 1 a 0, aos 45 minutos. Era o sonho americano se tornando realidade.

Ainda deu tempo de Yahia ser expulso aos 46, em um erro de Franck de Bleeckere. O zagueiro argelino tentava acalmar seus companheiros, que estavam reclamando do árbitro belga após uma falta de ataque, e acabou levando o segundo cartão amarelo, deixando o campo desolado.

ESTADOS UNIDOS 1 X 0  ARGÉLIA
Howard, Cherundolo, Demerit, Bocanegra e Bornstein (Beasley); Bradley, Edu (Buddle), Dempsey e Donovan; Altidore e Gomez (Feilhaber) M’bolhi, Bougherra, Halliche e Yahia; Yebda, Lacen, Kadir e Belhadj; Matmour (Saifi), Ziani (Guedioura) e Djebbour (Ghezzal)
Técnico: Bob Bradley Técnico: Rabah Saadane
Gol: Donovan, aos 45 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Yebda, Yahia, Lacen (ARG); Altidore, Beasley (EUA). Cartão vermelho: Yahia (ARG)
Estádio: Loftus Versfeld (Pretória). Data: 23/06/2010. Horário: 11h (de Brasília). Árbitro: Franck de Bleeckere (BEL). Assistentes: Peter Hermans (BEL) e Walter Vromans (BEL)

junho 23, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | | Deixe um comentário