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Com pouca ousadia e muitos erros, França e Uruguai se arrastam no 0 a 0

Campeões mundiais deixam a tradição no vestiário e fazem jogo arrastado. Henry e Loco Abreu entram no segundo tempo, mas não salvam as pátrias

henry, frança x inglaterra

Tirando a tradição, sobrou pouco. França e Uruguai estrearam na Copa da África do Sul nesta sexta-feira, mas esqueceram no vestiário o status de campeões mundiais. O jogo arrastado e repleto de erros no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, terminou com o placar que mereceu: 0 a 0. Cercados de desconfiança às vésperas da competição, franceses e uruguaios abriram os trabalhos fazendo muito pouco para mudar a opinião de suas torcidas. Nem Thierry Henry e Loco Abreu, lançados na fogueira do segundo tempo, conseguiram salvar as pátrias.

frO técnico francês Raymond Domenech só atendeu aos pedidos da torcida aos 27 minutos do segundo tempo e lançou Thierry Henry. O atacante, no entanto, produziu pouco e não conseguiu tirar o zero do placar. O mesmo vale para o uruguaio Loco Abreu, que defende o Botafogo. Ele pouco apareceu após substituir Suarez aos 29. O Uruguai ainda teve Lodeiro expulso aos 36, apenas 18 minutos após entrar em campo.

A Celeste volta a campo no dia 16, contra a África do Sul, enquanto os Bleus voltam a campo no dia seguinte para encarar o México. Sul-africanos e mexicanos também empataram na estreia, mas lideram o grupo A porque cada um fez um gol.

O Green Point, que foi construído especialmente para a Copa do Mundo e engoliu quase R$ 1 bilhão nas obras, só encheu em cima da hora nesta sexta-feira. Entre os 64.100 torcedores, a maioria era de franceses, que encheram os pulmões para cantar o hino.

O jogo

Quando a bola rolou, não houve muito motivo para euforia. O primeiro tempo se arrastou de forma monótona, com raríssimas chances de gol nos dois lados. Vestindo branco, os Bleus tomaram a iniciativa e tiveram a primeira oportunidade com Govou, que completou um cruzamento rasteiro na pequena área, na frente do goleiro Muslera, mas mandou para fora.

A resposta celeste veio com Forlán, que cortou para a direita e bateu forte da entrada da área, em cima de Lloris. Onipresente, o atacante uruguaio voltava para buscar jogo, batia faltas e concentrava todas as ações, mas ainda pecava nos passes perto da área.

O melhor lance da primeira etapa foi uma defesa espetacular de Muslera, que foi buscar no ângulo uma falta cobrada por Gourcuff. Fora isso e dois balões de ar que caíram no campo e estouraram com pisões de Lloris, os únicos momentos notáveis foram os cartões amarelos para os franceses Ribery e Evra, ambos pelo mesmo motivo: puxar um adversário.

Aos 40 minutos, a torcida percebeu que era melhor se divertir sozinha e começou a fazer uma ola. Era mesmo a hora de ir para o intervalo.

Trocas praticamente inúteis

O segundo tempo começou do mesmo jeito, enquanto Henry aquecia de um lado e Loco Abreu, do outro. Até os 17 minutos, nada de relevante aconteceu. Com o estádio em silêncio, Toulalan deu uma entrada dura em Pereira e levou cartão amarelo. Velho conhecido dos brasileiro, o zagueiro Lugano foi tirar satisfações e esquentou o clima.

Diante da monotonia, começaram as trocas. A Celeste lançou Lodeiro no lugar de Gonzalez e Loco Abreu no de Suarez. Mas a torcida vibrou mesmo, como se fosse um gol, quando Henry tirou o agasalho e substituiu Anelka aos 26. Malouda também entrou no lugar de Gourcuff.

Lodeiro só ficou 18 minutos em campo. Foi o suficiente para fazer duas faltas duras, levar um amarelo e um vermelho. Aos 36, encerrou sua estreia na Copa e deixou o campo com as mãos na cabeça, desconsolado.

Um minuto depois, com a França toda no campo de ataque, Henry teve sua primeira chance. O atacante aproveitou a não marcação de um impedimento e cabeceou com perigo para fora. Logo em seguida, ganhou a companhia de Gignac, que substituiu Govou.

Desinteressado no jogo, o Uruguai ainda ganhou tempo com a entrada de Eguren no lugar de Perez. Aos 43, o toque de ironia. Henry, que classificou a França para a Copa usando a mão na jogada do gol contra a Irlanda, reclamou de um toque de mão do uruguaio Victorino. O zagueiro, contudo, estava com o braço junto ao corpo, e o juiz mandou o jogo seguir.

A torcida ainda se animou para dois últimos suspiros. O escanteio cobrado por Malouda foi afastado pela zaga. No último minuto, Diaby sofreu falta na entrada da área. Após Lugano receber um cartão amarelo por retardar a cobrança, Henry foi para a bola, mas Loco Abreu, na barreira, desviou afastando o perigo.

E a estreia dos dois campeões mundiais terminou mesmo com um empate melancólico.

junho 11, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | , | Deixe um comentário

Ao vivo: assista Uruguai 0 x 0 França

junho 11, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Canais em espanhol, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Sport, TV ao Vivo, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | | Deixe um comentário

Copa da igualdade começa com festa e empate entre África do Sul e México

No Soccer City tomado por 84.490 mil torcedores, donos da casa abrem o placar com golaço de Tshabalala, mas visitantes reagem e fecham em 1 a 1

Foi o roteiro perfeito em uma tarde destinada a entrar para a história. Com o Soccer City apinhado de gente, a África do Sul abriu sua Copa do Mundo com uma festa barulhenta e comovente. Nem a ausência de Nelson Mandela reduziu o clima de euforia no estádio, como se cada um dos 84.490 torcedores tivesse a dimensão exata do que estava acontecendo no gramado. Sim, havia também um jogo no limite daquelas quatro linhas. E até ali dentro tudo foi desenhado para ninguém ir embora de cabeça baixa. O Mundial que celebra a igualdade começou com um empate: 1 a 1 entre os donos da casa e o México.

Após um primeiro tempo eufórico nas arquibancadas e morno dentro de campo, Tshabalala abriu o placar para os sul-africanos aos 10 do segundo, com um golaço no contra-ataque, que lhe rendeu o título de melhor da partida, concedido pela Fifa. Os mexicanos, liderados por Giovani dos Santos, responderam com Rafa Márquez, que marcou aos 34 e deu números finais à abertura da Copa.

A África do Sul volta a campo no dia 16, às 15h30m (de Brasília), para enfrentar o Uruguai pela segunda rodada. No dia seguinte, o México pega a França, no mesmo horário.

Clique aqui e confira as melhores imagens da partida de abertura da Copa.

Na chegada ao Soccer City, os jogadores sul-africanos já estavam em clima de festa. Ainda vestindo ternos e com suas credenciais penduradas no pescoço, eles desceram do ônibus cantando e dançando. O ritual se repetiu no túnel que levou a equipe ao gramado para o aquecimento. E a resposta das arquibancadas veio em alto volume.

Dez minutos antes do início da partida, o microfone foi para as mãos dos presidentes: o da África do Sul, Jacob Zuma, e o da Fifa, Joseph Blatter, que deram as boas vindas ao público e citaram o “espírito de Nelson Mandela”, que não compareceu ao jogo de abertura por causa da trágica morte de sua bisneta num acidente de carro.

Na hora dos hinos nacionais, o placar eletrônico do estádio pediu respeito – “Quiet, please” – e as vuvuzelas silenciaram. Por pouco tempo. Eram 16h05m no país da Copa (11h05m no Brasil) quando o México deu a saída e a Jabulani finalmente rolou, e a partir daí o barulho não deu mais trégua.

O jogo

Vestindo preto, os mexicanos só precisaram de um minuto para assustar os donos da casa. Giovani dos Santos, o filho de brasileiro que veste a camisa 17, pegou um rebote do goleiro Khune e só não empurrou para as redes porque a pressão dos zagueiros chegou a tempo.

Enquanto os sul-africanos ainda pareciam anestesiados pela festa da torcida e pela tensão de abrir uma Copa do Mundo dentro de casa, o México aproveitou para jogar bola. Sempre pelos pés de Giovani, que participava de todas as jogadas de ataque.

O time da casa só acordou aos 16 minutos, com uma tabelinha que acabou em falta na entrada da área. Pienaar botou efeito na bola, mas jogou por cima.

Dois minutos depois, o mexicano Juárez ganhou de presente o primeiro cartão amarelo da Copa, ao cortar um lançamento com o braço e retardar a cobrança. Mas os mexicanos continuavam jogando melhor, principalmente pelo lado direito, aproveitando a avenida deixada pelo lateral-direito Thwala.

Aos 26, Dikgacoi igualou a disputa dos cartões ao derrubar Giovani, que costurava pelo meio. E o lance mais bonito do primeiro tempo veio aos 31, quando Franco recebeu belo lançamento de Vela, matou no peito no meio da área e concluiu para a defesa de Khune.

Com a pressão asteca, Vela finalmente conseguiu marcar, mas o gol foi anulado. O atacante tinha Mphela à sua frente, mas o goleiro tinha saído para tentar o corte do cruzamento. O próprio Vela criou mais uma chance aos 33, Giovani teve a sua aos 36 e Franco repetiu a dose aos 40. Nada de gol.

A África do Sul foi cobrar seu primeiro escanteio aos 41. Empurrada pelas vuvuzelas, a seleção cresceu e pressionou. Aos 42, faltou um milímetro para Mphela completar de cabeça, sozinho, na pequena área. Dikgacoi também teve sua oportunidade de cabeça, mas mandou para fota. Após um minuto de acréscimo, as equipes foram para o vestiário.

Parreira tirou o inoperante Thwala e lançou Masisela, que era titular da lateral esquerda. O jogo voltou morno no segundo tempo até que, aos 10 minutos, o Soccer City explodiu. Após uma roubada de bola no meio de campo, a África do Sul trocou passes rápidos, e Mphela ligou o contra-ataque com um lindo lançamento rasteiro para Tshabalala. Ele entrou nas costas da zaga e, de pé esquerdo, deu uma pancada forte na Jabulani. Obediente, a bola foi morrer no ângulo de Perez.

África do Sul 1 a 0, Parreira vibrando no banco, loucura nas arquibancadas. Após marcar o primeiro gol da Copa, Tshabalala convidou os companheiros de time para uma dancinha à beira do campo e, em seguida, aplaudiu em direção às arquibancadas. A resposta veio com as vuvuzelas a todo vapor, público de pé e o “Shosholoza”, hino da torcida.

O México quase deu o troco com Giovani, que fez boa jogada pela direita e soltou a bomba para Khune fazer mais uma grande defesa, colocando para escanteio. Mas apesar da entrada de Guardado no lugar de Aguilar, eram os donos da festa que jogavam melhor no segundo tempo. Modise perdeu grande chance cara a cara com Perez, concluindo pela linha de fundo.

Aos 23, Javier Aguirre mandou a campo o veterano Blanco, no lugar de Vela. Logo depois Modise entrou na área, e Rodriguez o deslocou com o braço esquerdo. Pênalti ignorado pelo juiz Ravshan Irmatov. Masilela, que tinha entrado no intervalo, levou cartão amarelo por falta violenta. Com 28 minutos, o México fez sua terceira alteração: Hernández, de 22 anos, substituiu Franco.

Aos 34 minutos, as vuvuzelas se calaram pela primeira vez. Guardado cruzou da esquerda, e a bola passou por todo mundo até chegar aos pés de Rafa Márquez. Ele dominou no bico da pequena área e soltou de pé direito uma bomba à queima-roupa, sem chances para Khune, mergulhando o Soccer City em silêncio.

O choque sul-africano durou apenas três minutos, e as cornetas voltaram a todo vapor. O craque Pienaar, que participava de todas as ações ofensivas do time de Parreira, cansou. A dez minutos do fim, o técnico brasileiro optou por mandar a equipe à frente: tirou o meia e lançou o atacante Parker.

Aos 44, Mphela teve a chance de fazer o estádio explodir novamente, mas concluiu no pé da trave. Era o fim de uma tarde especial no Soccer City. E só o começo de uma Copa do Mundo histórica.

junho 11, 2010 Posted by | ABC de Natal, America-RN, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí, Bahia, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, CRB, Criciuma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Futebol Europeu, Futebol Sulamericano, Goiás, Grêmio, Grêmio Prudente, Internacional, Juventude, Náutico, Palmeiras, Paraná, Ponte Preta, Portuguesa, Radio ao vivo, Santo André, Santos, São Caetano, São Paulo, Seleção brasileira., Sport, Vasco da Gama, Vila Nova, Vitória | | Deixe um comentário

COPA DO MUNDO AO VIVO

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TRANSMISSÃO TV GLOBO

junho 11, 2010 Posted by | Canais em espanhol, TV ao Vivo | , , | Deixe um comentário

Ambulantes, guardadores e portões abertos: Copa começa no Soccer City

Ao vivo: África do Sul 0 x 0 México (Reuters)

Ao vivo: Copa já começou no Soccer City (agência Reuters)

Entrada aos torcedores foi liberada com 40 minutos de atraso para a da partida de estreia do Mundial, entre África do Sul e México. Assista ao vivo

Ao vivo: Copa já começou no Soccer City (Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)

Um país parado, uma cidade parada. A África do Sul amanheceu vestindo amarelo e soprando vuvuzelas a plenos pulmões. Desde às 3h de Brasília  (7h no horário local), os sul-africanos sopram suas cornetas futebolísticas. Em Joanesburgo, em Polokwane, em Durban, na Cidade do Cabo… por todos os cantos do país, a mobilização pelos Bafana Bafana acordou cedo.

Os portões do Soccer City foram abertos com 40 minutos de atraso, às 5h40m de Brasília (10h40m local). Pouco depois, quem tentava chegar ao estádio já enfrentava um imenso engarrafamento. Nada que desanimasse a multidão de sul-africanos e mexicanos que desembarcava de carros e vans – e caminhava distâncias para chegar ao estádio. O trem que deixa na estação ao lado do campo também vem lotado, com a rampa de acesso ao Soccer City  colorida pelas bandeiras de África do Sul e México.

A quatro quilômetros do Soccer City, a distribuição de tampões de ouvido mexicanos era gratuita. A cerca de dois quilômetros, já havia quem quisesse lucrar, cobrando 15 rands (quase R$ 4) pela proteção auditiva, também cedida por uma empresa aos torcedores na porta do estádio. A um quilômetro, os populares guardadores de automóvel disputavam espaço com vendedores autônomos. Um grupo fechou uma rua sem saída e passou a cobrar 50 rands (cerca de R$ 12) pela vaga.   A torcida já se aglomerava desde cedo na porta da arena para assistir à partida, que será realizado às 11h (16h pelo horário sul-africano).

Após passar pela primeira barreira, onde policiais revistam até as bolsas das pessoas, a torcida entra no espaço reservado pela Fifa para atrações de seus patrocinadores. O local, ao redor do Soccer City, conta com loja oficial, bares, brincadeiras e promoções. Para entrar definitivamente no estádio, mas uma barreira, agora com as roletas eletrônicas. O torcedor entrega seu ingresso e coloca o pé dentro da Copa do Mundo. Vuvuzelas a postos. Só falta a bola rolar.

Portões abertos no Soccer City para África do Sul x méxico (Foto: Thiago Dias / Globoesporte.com)

portões abertos áfrica do sul méxico soccer city

Torcedores da África do Sul e do México improvisam um bate-bola na fila do estádio (Foto: Thiago Dias / Globoesporte.com)

altinho improvisado na fila do estádio soccer city

Sem rivalidades, torcedores se encontram na porta do estádio (Foto: Get Images)

Torcedores de México e África do Sul - Bafana Bafana

Torcidas de México e África do Sul se confraternizam (Foto: agência Reuters)

torcidas méxico e áfrica do sul soccer city

Torcida faz pequena aglomeração na entrada do Soccer City (Foto: Thiago Dias / Globoesporte.com)

portões abertos áfrica do sul méxico soccer city

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Uma Copa como nenhuma outra: o gol planetário de Nelson Mandela

Menos de 20 anos após o fim do apartheid, começa nesta sexta o primeiro mundial africano num país que reescreve sua história a olhos vistos

Épico, histórico, incrível, lindo, inesquecível. Esses adjetivos, e muitos outros, usaremos para falar do 11 de junho de 2010. Quando as primeiras palavras em xhosa do hino sul-africano (Nkosi Si’kelele iafrica…) ecoarem no Estádio Soccer City, pouco depois das 11h desta sexta-feira, o esporte estará celebrando uma pequena vitória do experimento humano. Esse bicho estranho, que aqui na África se ergueu sobre duas patas há milhares de anos –  e tantas vezes caiu, semeou miséria, plantou destruição. E tantas vezes se levantou, como se sua vocação para redenção fosse elástica – e invencível.

Quando Nelson Mandela entrar no estádio, diante dos olhares marejados e eufóricos de 94 mil pessoas de todas as etnias e tantos idiomas, para abrir a Copa do Mundo  – o primeiro jogo já estará ganho. Quando ouvirmos os gritos de “Madiba”, o carinhoso apelido de Mandela, a taça moral já estará na casa dos sul-africanos. O que viveremos depois será… bom, será a continuação do filme. Ou de muitos filmes.

Foi no Soccer City que Mandela fez seu primeiro discurso após deixar a prisão em 1990. Foi ali também que se realizou o funeral de Chris Hani, líder negro assassinado em 1993. Um crime que, não fosse por Mandela, poderia ter gerado uma guerra civil no país. Foi num 11 de junho que Mandela foi condenado à prisão em que passou 27 anos. Quanta história, ou quantas histórias, não trará Madiba nos ombros – e quantas vidas salvas não estarão presentes em seu amplo sorriso? O mais pessimista dos céticos haverá de sentir um arrepio, o mais distante dos cínicos não ficará imune. A Copa que começa no Soccer City, esse majestoso vaso de barro calabash em forma de estádio, não é apenas mais uma Copa.

Um jogo, sim, haverá um jogo – entre África do Sul e México – e sob o ensurdecedor ruído das vuvuzelas. Será o pontapé inicial de mais uma festa do futebol – sob olhares do mundo inteiro.

junho 11, 2010 Posted by | Futebol Europeu | , | Deixe um comentário

Imbatíveis sob a batuta de Dunga, Kaká e Robinho lutam pelo hexa

Em 32 jogos com a dupla em campo, seleção brasileira obteve 28 vitórias e quatro empates. Juntos, eles balançaram a rede em 22 oportunidades

Kaká é a principal estrela da seleção brasileira que vai disputar a Copa do Mundo a partir do dia 15, na África do Sul. Robinho é o símbolo da Era Dunga. Juntos, os dois se tornaram imbatíveis sob o comando do treinador. Em 32 jogos, a dupla obteve 28 vitórias e quatro empates. Derrotas? Nem em sonho. O aproveitamento é de 91,6%.

Atuando ao lado de Robinho, Kaká é o artilheiro da dupla. O apoiador do Real Madrid marcou 14 gols nas 32 partidas. O Rei das Pedaladas, por sua vez, deixou a sua marca em oito oportunidades. Sem contar os jogos da parceria, o jogador do Santos balançou a rede 19 vezes e é o goleador ao lado de Luis Fabiano.

Fora de campo, as personalidades são diferentes. Kaká é mais tímido, e Robinho não deixa de brincar um minuto sequer com os companheiros. No avião, por exemplo, durante os voos da seleção, o apoiador costuma ficar mais recluso com seus fones de ouvido ou conversando reservadamente com algum amigo de seleção. Já o Rei das Pedaladas gosta de ligar o ipod em caixas de som e comandar a festa nas aeronaves.

Kaká e Robinho também seguiram rumos distintos nas carreiras. Enquanto o apoiador deixou o Milan no ano passado após seis temporadas e foi para o Real Madrid, o atacante preferiu sair do Manchester City para voltar a atuar no Santos, clube que o revelou em 2001. Porém, nos últimos meses, o camisa 10 da seleção brasileira viveu cercado de lesões na Espanha. Já o 11 recuperou a alegria de jogar no futebol brasileiro. Ele, inclusive, foi campeão paulista e está na final da Copa do Brasil, que será disputada após o Mundial.

Ciente de que a responsabilidade nesta Copa do Mundo será grande por tudo o que siginifica para a seleção brasileira, Kaká prefere não ser rotulado de estrela. Recuperado de um problema muscular, o apoiador espera chegar no nível ideal durante os primeiros jogos da primeira fase do Mundial da África do Sul.

– Eu me senti muito bem, mas um pouco preso ainda. A evolução é essa mesmo. Só falta agora eu me soltar um pouco mais. Estou ansioso pela volta da alegria de jogar. Mas certamente eu vou crescer dentro da competição, isso é o que mais me anima.

E a caminhada da seleção brasileira vai começar na próxima terça-feira, contra a Coreia do Norte, no Ellis Park, em Joanesburgo. Com Robinho e Kaká em campo, a invencibilidade da seleção brasileira sob o comando de Dunga tem tudo para ser premiada com o hexa.

ROBINHO E KAKÁ JUNTOS SOB O COMANDO DE DUNGA
DATA JOGO COMPETIÇÃO GOLS DA DUPLA
03/09/2006 Brasil 3 x 0 Argentina Amistoso Kaká (1)
05/09/2006 Brasil 2 x 0 País de Gales Amistoso
07/10/2006 Brasil 4 x 0 Kuwaitt Amistoso Robinho (1) e Kaká (1)
10/10/2006 Brasil 2 x 1 Equador Amistoso Kaká (1)
15/11/2006 Brasil 2 x 1 Suíça Amistoso Kaká (1)
24/03/2007 Brasil 4 x 0 Chile Amistoso Kaká (1)
27/03/2007 Brasil 1 x 0 Gana Amistoso
01/06/2007 Brasil 1 x 1 Inglaterra Amistoso
22/08/2007 Brasil 2 x 0 Argélia Amistoso
09/09/2007 Brasil 4 x 2 Estados Unidos Amistoso
12/09/2007 Brasil 3 x 1 México Amistoso Kaká (1)
14/10/2007 Brasil 0 x 0 Colômbia Eliminatórias
17/10/2007 Brasil 5 x 0 Equador Eliminatórias Kaká (2)
18/11/2007 Brasil 1 x 1 Peru Eliminatórias Kaká
21/11/2007 Brasil 2 x 1 Uruguai Eliminatórias
12/10/2008 Brasil 4 x 0 Venezuela Eliminatórias Kaká e Robinho (2)
15/10/2008 Brasil 0 x 0 Colômbia Eliminatórias
19/11/2008 Brasil 6 x 2 Portugal Amistoso
01/04/2009 Brasil 3 x 0 Peru Eliminatórias
06/06/2009 Brasil 4 x 0 Uruguai Eliminatórias Kaká
10/06/2009 Brasil 2 x 1 Paraguai Eliminatórias Robinho
15/06/2009 Brasil 4 x 3 Egito Copa das Confederações Kaká (2)
18/06/2009 Brasil 3 x 0 Estados Unidos Copa das Confederações Robinho
21/06/2009 Brasil 3 x 0 Itália Copa das Confederações
25/06/2009 Brasil 1 x 0 África do Sul Copa das Confederações
28/06/2009 Brasil 3 x 0 Estados Unidos Copa das Confederações
12/08/2009 Brasil 1 x 0 Estônia Amistoso
05/09/2009 Brasil 3 x 1 Argentina Eliminatórias
09/09/2009 Brasil 4 x 2 Chile Eliminatórias
02/03/2010 Brasil 2 x 0 Irlanda Amistoso Robinho
02/06/2010 Brasil 3 x 0 Zimbábue Amistoso Robinho
07/06/2010 Brasil 5 x 1 Tanzânia Amistoso Robinho e Kaká

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Bruno Paulo avisa: ‘Vou conquistar a torcida do Vasco’

Atacante acredita que seu passado rubro-negro não interferirá em campo

Revelado pelo arquirrival Flamengo, Bruno Paulo acredita que não terá problemas para conquistar a torcida vascaína. Segundo ele, seu passado rubro-negro não vai interferir. O acerto deve sair já nesta quinta-feira.

– Isso não existe mais. O futebol não é mais assim. Jogando bem posso conquistar a torcida do Vasco sem problemas – garantiu o atacante, aoLANCENET!, que fez questão de elogiar alguns jogadores vascaínos, além de Felipe, que depende apenas da liberação do Al Sadd, do Qatar, para ser anunciado de forma oficial.

– Com esses jogadores, o Vasco vai sair do rebaixamento e brigar na parte de cima da tabela. O grupo tem ótimos jogadores, como Zé Roberto, Carlos Alberto, além do Felipe. É um time de qualidade – disse.

Além de elogiar a equipe, Bruno Paulo, de 20 anos, comemorou também o fato de poder voltar a ficar perto de seus familiares:

– É algo que eu desejava. Queria voltar ao Rio, ficar perto de meus amigos e familiares. Sei que tudo vai dar certo.

junho 11, 2010 Posted by | Vasco da Gama | | Deixe um comentário